dezembro 29, 2022 6 min ler

alignmed

Resumo: Introdução:O plexo braquial é definido pelo conjunto de nervos que faz a comunicação entre os braços e o cérebro.Algumas pesquisas clínicas apontam que 10 a 20% das lesões de nervos periféricos acometem o Plexo Braquial.Objetivo:O objetivo deste artigo é mostrar a importância do uso das camisetas posturais daAlignmed®Brasilno paciente com lesão de Plexo Braquial.Discussão:O Plexo Braquial é um complexo somático de raízes nervosas, que são responsáveis por comandos motores e sensitivos na região da cintura escapular e membros superiores. A lesão do PB responde por 14% das lesões traumáticas de nervos. A tecnologia das camisetas posturais apresenta neurobands que auxiliam na melhora da postura, que pode aliviar as dores geradas pela compensação postural após a lesão, sendo assim, pode ser usada durante todo o período de tratamento.Conclusão:A lesão de Plexo Braquial pode gerar diversas disfunções nos Membros superiores que são prejudiciais e acarretam dores, sendo as Camisetas posturais ótimas para auxiliar no tratamento, podendo ser utilizada para melhora da postura e diminuição das dores. 

Palavras- chaves:Alignmed®Brasil; 

1 - Introdução

O plexo braquial é definido pelo conjunto de nervos que faz a comunicação entre os braços e o cérebro.É formado pelos nervos espinhais C5 a T1 e é responsável pela inervação motora e sensorial do membro superior (RESNICK, 1995).

Tudo que se passa com o nosso braço, ou seja, as sensações e os movimentos dos ombros, cotovelos, antebraços, punhos e mãos, dependem da saúde e da integridade do plexo braquial(SOUZA; LEMOSet al; 2016).

O Plexo Braquial conduz para o cérebro as informações que nos permitem identificar objetos que tocam a nossa pele, perceber diferentes alterações de temperaturas ou perceber estímulos que podem nos causar dor, o que é importante para proteger o braço de ferimentos e lesões. 

Além disso, a execução dos movimentos desde os mais simples, como levantar o braço, aos mais delicados e complexos, como os das mãos dependem deste feixe de nervos (SOUZA; LEMOSet al; 2016).

Algumas pesquisas clínicas apontam que 10 a 20% das lesões de nervos periféricos acometem o Plexo Braquial. Estas lesões costumam ocorrer em acidentes de carro, motocicleta, gerando grande força de tração no pescoço e ombro (SOUZA; LEMOSet al; 2016).

O objetivo deste artigo é mostrar a importância do uso das camisetas posturais daAlignmed®Brasilno paciente com lesão de Plexo Braquial.

2 - O que é o Plexo Braquial?

É um complexo somático de raízes nervosas, que são responsáveis por comandos motores e sensitivos na região da cintura escapular e membros superiores. Na sua formação apresenta a união dos ramos ventrais dos quatro nervos cervicais inferiores (C5, C6, C7 e C8) e grande parte dos ramos ventrais do primeiro nervo torácico (T1); algumas partes do quarto nervo cervical (C4) e segundo torácico (C2). O tronco superior é formado pelos ramos de C5 e C6; o tronco médio é originado por C7 e o tronco inferior surge a partir de C8 e T1, sendo que cada tronco fornece uma divisão anterior e uma posterior (COELHO; PEREIRAet al; 2014). 

O fascículo lateral é formado pelas divisões anteriores dos troncos superior e médio, essas mesmas divisões permanecem isoladas e formam o fascículo medial, e o fascículo posterior é formado pelas três divisões posteriores. Do fascículo lateral origina-se o nervo músculo-cutâneo e a raiz lateral do nervo mediano; do fascículo medial, surge o nervo ulnar e a raiz medial do nervo mediano; e do fascículo posterior, os nervos axilares e o radial (COELHO; PEREIRAet al; 2014). 

Os nervos periféricos que se originam das divisões anteriores, cordões lateral e medial inervam os músculos anteriores (flexores) do membro superior e os nervos periféricos originados do cordão posterior e divisão posterior inervam os músculos posteriores (extensores) (COELHO; PEREIRAet al; 2014).  

A raiz de C5 inerva os músculos rombóide maior e menor, serrátil anterior, supra- espinhoso, infra-espinhoso, peitoral maior e menor, bíceps braquial, braquiorradial, subescapular, redondo maior e menor, deltóide, flexores de punho, tríceps braquial e extensores do punho e dedos. A de C6, supra-espinhoso, infra-espinhos, peitoral maior, bíceps braquial, braquiorradial, flexores do punho e dedos, subescapular, redondo maior, deltóide, tríceps braquial e grande dorsal. A de C7, serrátil anterior, peitoral maior, bíceps braquial, braquiorradial, coracobraquial, flexores de punho e dedos, intrínsecos da mão, grande dorsal e tríceps braquial. A de C8, intrínsecos da mão, flexor ulnar do carpo, metade medial do flexor profundo dos dedos, grande dorsal e tríceps braquial. E a de T1, peitoral maior e menor, flexores do punho e dedos, intrínsecos da mão, flexor ulnar do carpo, metade medial do flexor profundo dos dedos, tríceps braquial e extensores do punho e dedos (COELHO; PEREIRAet al; 2014). 

plexo branquial
Figura 1: Plexo Braquial

3 - Epidemiologia 

Um estudo prospectivo de 2006, mostrou que na grande maioria dos trabalhos sobre trauma em geral: adultos jovens, do sexo masculino, são os mais acometidos. Chama-se a atenção o elevado número de casos de lesão do Plexo Braquial em relação ao total de casos de lesão de nervos periféricos, que gira em torno de 66%. Em geral, a lesão do PB responde por 14% das lesões traumáticas de nervos (FLORES; 2006).

4 - Como ocorre a lesão

Em grande parte dos casos de Lesão do Plexo Braquial, as raízes são lesadas por mecanismos de estiramento do plexo, o que reflete em posturas compensatórias na região da cintura escapular e do membro superior, impedindo a realização e o movimento muscular de forma correta (TAVARES, et al., 2002). Grupos musculares agonistas e antagonistas 

proximal do úmero podem levar à disfunção do plexo braquial, por meio de mecanismos de contusão ou tração. A Tomografia Computadorizada continua sendo o exame mais utilizado para o diagnóstico de lesão radicular. Esse exame é fundamental para uma futura decisão de procedimento cirúrgico, para a definição da indicação e adequação da tática cirúrgica a ser adotada, neurotização intra ou extra-plexal. A indicação mais habitual de realização da RM do plexo braquial são os traumas que podem provocar lesão de suas estruturas por mecanismo de tração, por compressão ocasionada por hematomas ou tecidos adjacentes lesados ou por trauma direto fechado (SANTOS and CARVALHO; 2016). 

5 - Tratamentos

Cirúrgico:Os principais objetivos da cirurgia para lesão do plexo braquial são a restauração dos movimentos e a tratamento da dor. O tratamento cirúrgico deve estabelecer algumas prioridades como a preservação do movimento de flexão de cotovelo, estabilização do ombro e consequente recuperação da abertura e fechamento dos ombros, porque um ombro instável impedirá o uso dele. Em seguida, as outras prioridades são a extensão do cotovelo, a abdução do braço contra o peito, extensão do dedo e do pulso e, por último, as estruturas inervadas pelo nervo ulnar, por causa do mau acometidos pela paralisia passam a trabalhar de forma incorreta, gerando vetores de força diferentes, sobrepondo-se o movimento de um grupo sobre outro (PRICE, TIDWELL, GROSSMAN; 2000). 

O padrão de rotação interna do ombro é o mais predominante mecanismo de leão, sendo de maior possibilidade de ocorrência nos casos de LPB, devido ao desequilíbrio entre os rotadores externos e internos, pela paresia ou paralisia da musculatura de rotação externa, evoluindo para contraturas dos músculos subescapulares e levando à subluxação posterior da cabeça umeral, a qual gera deformidades da articulação glenoumeral, limitando assim o movimento do membro acima da cabeça e ao lado do corpo.

mecanismo de lesão

Figura 2: Mecanismo de lesão

6 - Diagnóstico

O diagnóstico é basedo na história clínica e exames físicos. Pacientes com lesões do plexo braquial podem apresentar perda ou ausência de força, tônus, trofismo e sensibilidade do ombro, braço, antebraço e mãos. O exame clínico detalhado é capaz de diagnosticar com precisão o tipo de lesão do plexo braquial em 90% dos casos. Deve-se realizar uma comparação minuciosa de todos os músculos do membro afetado e do lado contralateral, além de avaliação dos reflexos profundos e territórios sensitivos específicos ( SANTOS and CARVALHO; 2016). 

6.1 - Diagnóstico por imagem

O uso da radiografia simples de coluna cervical, ombros, escápula e ossos dos membros superiores pode ser o início do estudo do plexo braquial. Fraturas associadas à luxação anterior da extremidadeprognóstico funcional. Além disso, devem-se priorizar os músculos mais proximais, porque eles têm maior capacidade de reinervação em comparação com os mais distais (RODRIGUES; VIEGASet al; 2014).

Fisioterapia:O controle da dor nos estágios iniciais da lesão é imprescindível e pode ser realizado através do uso da estimulação elétrica nervosa transcutânea (TENS). Alongamentos e exercícios passivos ou ativos e são indicados para manter a amplitude de movimento e prevenir contraturas. Para auxiliar na prevenção de deformidades, limitação de padrões motores patológicos e ampliar o uso funcional do membro lesionado, é indicado o uso de órteses (SANTOS and CARVALHO; 2016).

7 - Camisetas Posturais Alignmed® Brasil

A tecnologia das camisetas posturais pode ser utilizada durante todo o tratamento da lesão. A camiseta apresenta neurobands que auxilixam na melhora da postura, que pode aliviar as dores geradas pela compensação postural após a lesão, sendo assim, pode ser usada durante todo o período de tratamento.

camiseta postural

Figura 3: Camiseta postural

8 - Conclusão

A lesão de Plexo Braquial pode gerar diversas disfunções nos Membros superiores que são prejudiciais e acarretam dores, sendo as Camisetas posturais ótimas para auxiliar no tratamento, podendo ser utilizada para melhora da postura e diminuição das dores. 

pamela rocha

Referências Bibliográficas:

COELHO, FABBRIS, PEREIRA, PEIXOTO E RIBEIRO;Lesões do plexo braquial: a utilização da fisioterapia no tratamento; Ensaios e ciência: ciências biológicas, agrárias e da saúde; 2014.

FLORES;Epidemiological study of the traumatic brachial plexus injuries in adults;Arq. Neuro-Psiquiatra; 2006. 

SANTOS, CARVALHO;Diagnosis and treatment of plexus brachial traumatic injury in adults; 2013.

RODRIGUES, VIEGAS, ROGÉRIO, PEREIRA; Tratamento cirúrgico das lesões traumáticas do plexo braquial;Arq Bras Neurocir; 2014

✔️ Produto adicionado com sucesso.